Depressão é uma “disforia que pode variar de intensidade desde uma
oscilação do humor normal até um sentimento extremo de tristeza, pessimismo e
desânimo”(APA, 2011). O fenômeno possui raízes de ordem biológica e segundo Whitbourne e
Halgin ( 2015) há diversos estudos que comprovam o caráter
de hereditariedade da doença que
está relacionada com alterações na produção e recaptação de neurotransmissores
como a serotonina e a adrenalina. Estima-se que parentes de
primeiro grau sejam de 15 a 25% mais propensos a apresentar transtorno depressivo
maior do que indivíduos não parentes, entretanto
os fatores ambientais e ecológicos também podem influir na ocorrência dos sintomas.
A depressão está dentre os três transtornos mentais
de maior ocorrência global e presume-se que 3 a 5% da população mundial será afetada pela depressão em algum momento
de sua vida (RANGE e Cols; 2011). As principais características da doença são
as manifestações ou sintomas psicossomáticos que em geral veem acompanhadas de queixas
que abrangem dores das mais
diversas, tonturas, mal estar, tremores no peito, angústia, nervosismo,
alterações do apetite e sono, dentre outros (WHITBOURNE, HALGIN; 2015). Ainda segundo
Rangé (2011) cerca de 15% das pessoas acometidas por este mal consumam o ato suicídio.
O quadro depressivo trás enorme
sofrimento ao indivíduo e ocasiona
grandes prejuízos as habilidades sociais
do mesmo. Em geral pessoas mais
próximas como familiares, amigos e até mesmo colegas de trabalho também podem sofrer por nem sempre saber como lidar com a
situação, assim se não for
tratada, a depressão pode provocar um grande abalo na vida familiar.
Ao contrário do que o senso comum diz discursos preconceiuosos dizem, a
depressão não é frescura, não é “doença de rico” , "falta de uma trouxa de roupa para lavar" mas sim uma doença grave que mata e
como toda doença requer atenção e
cuidado. O tratamento da depressão geralmente é
medicamentoso devendo ser acompanhada preferencialmente por um psiquiatra e psicólogo. Quando corretamente diagnosticada e
adequadamente tratada tem cura e o indivíduo acaba por readquirir o seu bem-estar biopsicosocial. Quanto ao preconceito, esta sim é a pior doença.
Referências:
APA, American Psycological Association. Dicionario de psicologia. Porto
Alegre: Artemed, 2010.
DUMAS, Jean E. Psicopatologia da
infância e adolescência. 3ª Ed. Porto Alegre:
Artemed, 2011.
RANGE, Bernard & Colaboradores. Psicoterapias
cognitivo-comportamentais: um diálogo com
a psiquiatria. 2ª Ed. Porto Alegre:
Artemed, 2011.
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