Pesquisar este blog

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Mas afinal, o que é essa tal depressão?



 
Depressão é uma “disforia  que pode variar de intensidade desde uma oscilação do humor normal até um sentimento extremo de tristeza, pessimismo e desânimo”(APA, 2011). O fenômeno possui raízes de ordem biológica e segundo Whitbourne e Halgin ( 2015) há diversos estudos que comprovam  o caráter  de hereditariedade  da doença que está relacionada com alterações na produção e recaptação de neurotransmissores como a serotonina e a adrenalina. Estima-se que parentes de primeiro grau sejam de 15 a 25% mais propensos a apresentar transtorno depressivo maior do que indivíduos  não parentes, entretanto os fatores ambientais e ecológicos também podem influir  na ocorrência dos sintomas. 

A depressão está dentre os três transtornos mentais de maior ocorrência global e presume-se que 3 a 5% da população mundial  será afetada pela depressão em algum momento de sua vida (RANGE e Cols; 2011). As principais características da doença são as manifestações  ou sintomas psicossomáticos que em  geral  veem acompanhadas de  queixas  que  abrangem dores das  mais diversas, tonturas, mal estar, tremores no peito, angústia, nervosismo, alterações do apetite e sono, dentre outros (WHITBOURNE, HALGIN; 2015). Ainda segundo Rangé (2011) cerca de 15% das pessoas acometidas  por este mal consumam o ato  suicídio.

O quadro depressivo trás enorme sofrimento ao indivíduo  e ocasiona grandes prejuízos as habilidades sociais  do mesmo.   Em geral pessoas mais próximas como familiares, amigos e até mesmo colegas de trabalho também  podem sofrer  por nem sempre saber como lidar com a situação, assim se não for tratada, a depressão pode provocar um grande abalo na vida familiar.

 Ao contrário do que o senso comum diz discursos preconceiuosos dizem,  a  depressão não é frescura, não é “doença de rico” , "falta de uma trouxa de roupa para lavar" mas sim uma doença grave que mata e  como toda doença requer  atenção e cuidado.   O tratamento da depressão geralmente é medicamentoso devendo ser acompanhada preferencialmente por um psiquiatra e psicólogo. Quando corretamente diagnosticada e adequadamente tratada  tem cura e o indivíduo acaba por  readquirir  o seu bem-estar biopsicosocial. Quanto ao preconceito, esta sim é a pior doença.



Referências:

 APA, American Psycological Association.  Dicionario de psicologia. Porto Alegre: Artemed, 2010.

DUMAS, Jean E. Psicopatologia da infância e adolescência. 3ª Ed.  Porto Alegre: Artemed, 2011.

RANGE,  Bernard & Colaboradores. Psicoterapias cognitivo-comportamentais:  um diálogo com a psiquiatria. 2ª Ed.  Porto Alegre: Artemed, 2011.

WHITBOURNE, Susan Kraus;  Halgin, Richard P. Psicopatologia: perspectivas clinicas dos transtornos psicológicos. 7ª Ed. Porto Alegre: Artemed, 2015 

Nenhum comentário:

Postar um comentário