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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

“A ideia do suicídio é uma grande consolação: ajuda a suportar muitas noites más.” Friedrich Nietzsche



 A ideia de suicídio para algumas pessoas que se encontram doentes psiquicamente, é a maneira que elas encontram de se livrarem daquele mal a sua volta. A pessoa fica sem condições de suportar a vida, se martirizando com suas angústias, decepções ou até mesmo uma forte depressão. A pessoa perde o interesse pela vida e não consegue terminar nada do que começa, faz escolhas que julga como certas e quando dá errado, se sente cada vez pior e num abismo sem fim.

 Geralmente a ideação suicida não sai da cabeça dessa pessoa em tal situação, e desta forma ela começa a imaginar uma maneira mais fácil e rápida de findar com este sofrimento o quanto antes. O que pode ser fundamental para não se consumar o ato de suicídio, são as pessoas que importam para o doente, que são geralmente os familiares, amigos ou um namorado(a), no qual ela há de ter empatia.  

 A pessoa que perde a vontade de viver, na verdade busca a mesma coisa que uma pessoa que quer viver, porém sob outra perspectiva. Quando buscamos a felicidade, o equilíbrio emocional e a paz espiritual é porque não desejamos o sofrimento, não desejamos estar mal. O pensamento de um suicida é muito parecido a este. Deseja-se a morte porque não quer mais essa dor que lhe consome em seu interior. Pensar em seu fim faz sentido em pôr um fim naquilo que não é mais possível conviver. E como a morte é certa na vida, o sofrimento pode ser selado com tratamento e força de vontade. A dor pode ser convertida em força e experiência. Deixemos a morte para quando vier e vivamos enquanto ainda podemos desfrutar da vida e aprender com a mesma.

Referência Bibliográfica

NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm O Anticristo. LusoSofia: Mourão, 1997. Disponível em: <http://www.lusosofia.net/textos/nietzsche_friedrich_o_anticristo.pdf>. Acesso em 22 out. 2015.



terça-feira, 20 de outubro de 2015

Mas afinal, o que é essa tal depressão?



 
Depressão é uma “disforia  que pode variar de intensidade desde uma oscilação do humor normal até um sentimento extremo de tristeza, pessimismo e desânimo”(APA, 2011). O fenômeno possui raízes de ordem biológica e segundo Whitbourne e Halgin ( 2015) há diversos estudos que comprovam  o caráter  de hereditariedade  da doença que está relacionada com alterações na produção e recaptação de neurotransmissores como a serotonina e a adrenalina. Estima-se que parentes de primeiro grau sejam de 15 a 25% mais propensos a apresentar transtorno depressivo maior do que indivíduos  não parentes, entretanto os fatores ambientais e ecológicos também podem influir  na ocorrência dos sintomas. 

A depressão está dentre os três transtornos mentais de maior ocorrência global e presume-se que 3 a 5% da população mundial  será afetada pela depressão em algum momento de sua vida (RANGE e Cols; 2011). As principais características da doença são as manifestações  ou sintomas psicossomáticos que em  geral  veem acompanhadas de  queixas  que  abrangem dores das  mais diversas, tonturas, mal estar, tremores no peito, angústia, nervosismo, alterações do apetite e sono, dentre outros (WHITBOURNE, HALGIN; 2015). Ainda segundo Rangé (2011) cerca de 15% das pessoas acometidas  por este mal consumam o ato  suicídio.

O quadro depressivo trás enorme sofrimento ao indivíduo  e ocasiona grandes prejuízos as habilidades sociais  do mesmo.   Em geral pessoas mais próximas como familiares, amigos e até mesmo colegas de trabalho também  podem sofrer  por nem sempre saber como lidar com a situação, assim se não for tratada, a depressão pode provocar um grande abalo na vida familiar.

 Ao contrário do que o senso comum diz discursos preconceiuosos dizem,  a  depressão não é frescura, não é “doença de rico” , "falta de uma trouxa de roupa para lavar" mas sim uma doença grave que mata e  como toda doença requer  atenção e cuidado.   O tratamento da depressão geralmente é medicamentoso devendo ser acompanhada preferencialmente por um psiquiatra e psicólogo. Quando corretamente diagnosticada e adequadamente tratada  tem cura e o indivíduo acaba por  readquirir  o seu bem-estar biopsicosocial. Quanto ao preconceito, esta sim é a pior doença.



Referências:

 APA, American Psycological Association.  Dicionario de psicologia. Porto Alegre: Artemed, 2010.

DUMAS, Jean E. Psicopatologia da infância e adolescência. 3ª Ed.  Porto Alegre: Artemed, 2011.

RANGE,  Bernard & Colaboradores. Psicoterapias cognitivo-comportamentais:  um diálogo com a psiquiatria. 2ª Ed.  Porto Alegre: Artemed, 2011.

WHITBOURNE, Susan Kraus;  Halgin, Richard P. Psicopatologia: perspectivas clinicas dos transtornos psicológicos. 7ª Ed. Porto Alegre: Artemed, 2015 

Fotógrafo faz ensaio para tentar traduzir ao mundo a angústia de sofrer de depressão


Para Edward Honaker, um fotógrafo de 21 anos, sofrer de depressão e ansiedade é como ter uma guerra dentro de seu cérebro.

“O que eu percebi é que eu passei a ser ruim em coisas em que eu costumava ser bom, e eu não sabia por quê,” disse ele, “Sua mente é quem você é, e quando ela não funciona corretamente, é assustador.”
Só depois de seu diagnóstico, há dois anos que Honaker começou a entender o que estava acontecendo em sua mente. Foi quando ele pegou sua câmera para transformar suas emoções em algo tangível. O resultado é uma série de autoretratos que capturam sua experiência pessoal com a depressão. “É meio difícil sentir qualquer tipo de emoção quando você está deprimido, e eu acho que a boa arte pode definitivamente mover as pessoas”, disse ele.
Honaker espera que seu projeto inspire outros a não só ter uma conversa sobre a doença mental, mas conscientizar as pessoas a serem mais tolerantes com aqueles que lutam contra ela.

“Quando eu estava fazendo meu portfólio, eu me perguntava se eu era o tipo de pessoa a quem os outros se sentiriam confortáveis ​​para conversar se estivessem passando por um momento difícil” explicou. “Sinceramente,  no momento, eu não acho que eu era. Eu ainda tenho um bom caminho a percorrer, mas toda a experiência me fez muito mais paciente e compreensivo para com os outros.”
A proposta de Honaker é bem importante para levantar a discussão, principalmente porque o sexo masculino é bem menos propenso a conversar sobre e buscar ajuda.

“Eu acho que uma maneira muito útil para acabar com o estigma em torno da doença mental é estar lá para ajudar outras pessoas que possam sofrer disso”, frisou. “Você nunca sabe o que os outros estão passando, por isso tudo que você realmente pode fazer é ser gentil e não condenador.”
Confiram os  retratos do fotógrafo, eles são um poderoso lembrete de que, embora a experiência de cada indivíduo com depressão é pessoal, os sentimentos podem ser universal.















Fonte: http://www.huffingtonpost.com/entry/edward-honaker-photography-mental-illness_55f0759ce4b03784e2777fbb