Uma das melhores formas de ajudar
uma pessoa que tentou ou está  considerando uma
tentativa de suicídio é realmente ouvindo e desenvolvendo sensibilidade e
empatia para com seu  sofrimento. 
Em geral quando o indivíduo quando chega ao ponto de  considerar um gesto suicida  provavelmente já tentou diversos tipos de
recursos  sendo que  a tentativa de suicídio como último ato
representa  um grito de socorro. Nesse
momento faz-se  necessário parar e pensar
o que a levou a se comunicar desta forma, o que  está acontecendo na vida dessa pessoa assim
como  na sua necessidade de ajuda e  de apoio. 
O  comportamento de desqualificação da subjetividade
ou dos sentimentos do suicida pode recair como  uma forma 
extremamente negativa causando ainda mais  ressentimento e desesperança. Cobranças e posicionamentos  através da fala de que a pessoa deveria estar bem já que possui “inúmeras coisas boas na sua vida” ou “ que não tem motivos para
ficar assim” ou ainda  “ que tem pessoas em situação muito pior”, podem  servir como um gatilho para que uma nova
tentativa ocorra.  Quando o contrário
acontece e estas pessoas se sentem ouvidas,  a  tendência
é que ocorra  certo abrandamento do  sofrimento  e até  mesmo certo conforto psíquico  mesmo que temporário. 
Com a escuta verdadeira desse
sofrimento  pode-se criar  uma condição que tenha o capacidade de mudar  radicalmente a vida dessa pessoa.   Se quem
sofre por si só não tem forças para procurar auxílio, estenda suas mãos e ajude-a
a dar um primeiro passo  lembrando-se 
sempre que  é possível salvar
uma vida.
Não subestime o sofrimento de
alguém.  Não seja negligente. Não seja omisso. Seja apenas
humano!
Referências:
Conselho Federal de Psicologia. O Suicídio e os desafios para a psicologia. Brasília: CFP, 2013.
Manual disponível em: < https:cfp.org.br/wp-content/.../2013/12/Suicidio-FINAL-revisao61.pdf>


Pessoal, é sempre muito delicado falar sobre suicídio e prevenção, pois ao mesmo tempo em que sabemos que o suicídio pode ser o último grito de socorro, e que precisamos estar atentos aos sinais de angústia que o antecedem, há tb um compromisso ético nosso com os familiares e amigos que, muitas das vezes, carregam a culpa de não terem feito mais, não terem escutado mais, não terem visto mais.... enfim.
ResponderExcluirO nosso olhar deve contemplar toda essa complexidade que envolve também os limites psíquicos das pessoas do entorno, que são muitas vezes julgadas como negligentes, porém podem estar precisando muito mais do nosso cuidado e acolhimento, inclusive para se fortalecerem nas suas relações de cuidado.
Pessoal, é sempre muito delicado falar sobre suicídio e prevenção, pois ao mesmo tempo em que sabemos que o suicídio pode ser o último grito de socorro, e que precisamos estar atentos aos sinais de angústia que o antecedem, há tb um compromisso ético nosso com os familiares e amigos que, muitas das vezes, carregam a culpa de não terem feito mais, não terem escutado mais, não terem visto mais.... enfim.
ResponderExcluirO nosso olhar deve contemplar toda essa complexidade que envolve também os limites psíquicos das pessoas do entorno, que são muitas vezes julgadas como negligentes, porém podem estar precisando muito mais do nosso cuidado e acolhimento, inclusive para se fortalecerem nas suas relações de cuidado.