"A pessoa pode estar em risco de cometer suicídio , mas, se tiver alta resiliência provavelmente não o fará. (...) A resiliência é um construto psicológico , tal como a crença do indivíduo na capacidade de superar a adversidade e adaptação. Os fatores que envolvem a resiliência alta incluem a capacidade de fazer avaliações positivas da vida e de sentir controle dessas circunstâncias. Além disso, a capacidade de solucionar problemas, altos níveis de autoestima, confiança na própria capacidade de solucionar problemas, sentimentos gerais de apoio social e apoio da família, pessoas significativas, apego seguro e crenças sobre o suicídio parecem amortecer o risco de suicídio. As crenças religiosas também podem desempenhar um papel na resiliência, mas há pouquíssima pesquisa até agora para documentar essa relação. "
Referências:
WHITBOURNE, Susan Kraus; Halgin, Richard P. Psicopatologia:
perspectivas clinicas dos transtornos psicológicos. 7ª Ed. Porto Alegre:
Artemed, 2015.
Olá, acho que deveria contar minha história.
ResponderExcluirTentei suicídio várias vezes, fui parar numa clínica, vivi um tempo dopada de remédios, era remédio pra acordar e pra dormir. Foi uma fase complicada, mas hoje que eu percebo que eu fui forte demais pra aguentar tudo e o que mais quero é viver pra poder fazer tudo que planejo.
Eu sempre calculava em todo lugar que ia como daria pra morrer ali, por exemplo no metro ou em passarelas. Eu tinha realmente desistido da vida e mesmo tomando um remédio pra me deixar menos ansiosa eu tentei suicídio, a auto mutilação me aliviava quando eu pensava em morrer, mas passava rápido pq quando parava de doer eu queria morrer de novo. Os psiquiatras nunca acreditaram em mim quando eu pedia algo que me segurasse, quando eu pedia algum remédio que tirasse essa vontade louca de morrer (hoje parei meu tratamento porque eu não vou ficar tomando remédio, destruindo meu corpo com algo que não vai funcionar). Eu sempre tentei deixar claro para as pessoas que queria morrer, mas elas achavam que era gracinha e quando eu tentava falar disso era pra que me ajudassem, mas o que vários fizeram foi me criticar e me chamar de várias coisas. Minha família achava que era coisa de adolescente, eu bebia muito, usava mt droga e essas eram as formas de ainda continuar viva. Parece meio louco, mas foi o que me segurou mais tempo porque anestesiada com alcool ou drogas eu esquecia que queria morrer, era outro mundo, era feliz.
Obrigada por compartilhar sua experiência conosco. Seu relato de persistência e resiliencia certamente poderá inspirar pessoas que tem tb buscado um sentido para o viver. Estamos ainda no inicio de nossos estudos sobre a tematica, mas já conseguimos identificar o quanto é importante buscar ajuda profissional nessas situacoes. O tratamento psiquiátrico juntamente com psicológico auxiliam na recuperação (ou até mesmo na inauguração) da crença, na esperança de que a vida vale a pena e pode ser digna de ser vivida!
ExcluirEm questão religiosa acho que o kardecismo consegue ter essa resiliência maior...
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