Depende dos aspectos que se aborda na conversa. Falar sobre os sentimentos que cercam o suicídio pode levar ao entendimento e reduzir grandemente a angústia imediata de uma pessoa suicida. Não é um erro perguntar-se a alguém se equaciona a ideia de suicídio como uma opção válida se suspeita que essa pessoa não está a conseguir lidar com o seu tormento. Se a pessoa o confessa, pode ser um grande alívio ver que outra pessoa tem uma ideia de como se sente.
Esta pode ser uma pergunta difícil, pelo que aqui se deixam algumas abordagens possíveis:
Esta pode ser uma pergunta difícil, pelo que aqui se deixam algumas abordagens possíveis:
"Nesse teu sofrimento, estarás a considerar o suicídio?"
"Parece-me muita coisa para ser suportada; pensaste no suicídio como forma de fuga?"
"Toda a dor que sentes fez alguma vez pensar em magoares-te?"
"Alguma vez pensaste em deixar tudo?"
O modo mais apropriado de abordar o assunto difere de acordo com a situação, e com a confiança entre as pessoas envolvidas. É, também, importante ter em consideração a totalidade da resposta dada pois a pessoa angustiada tende a dizer "não", mesmo que queira dizer "sim". A pessoa que não se sente atraída pelo comportamento suicidário é, normalmente, capaz de transmitir um “não” seguro prosseguindo a conversa apresentando os motivos que a levam a querer viver. Também pode ser útil perguntar-lhe o que faria se estivesse a considerar, seriamente, cometer suicídio, para o caso de, futuramente, apresentar comportamentos suicidários ou caso os tenha e não se sinta à vontade para os revelar.
"Parece-me muita coisa para ser suportada; pensaste no suicídio como forma de fuga?"
"Toda a dor que sentes fez alguma vez pensar em magoares-te?"
"Alguma vez pensaste em deixar tudo?"
O modo mais apropriado de abordar o assunto difere de acordo com a situação, e com a confiança entre as pessoas envolvidas. É, também, importante ter em consideração a totalidade da resposta dada pois a pessoa angustiada tende a dizer "não", mesmo que queira dizer "sim". A pessoa que não se sente atraída pelo comportamento suicidário é, normalmente, capaz de transmitir um “não” seguro prosseguindo a conversa apresentando os motivos que a levam a querer viver. Também pode ser útil perguntar-lhe o que faria se estivesse a considerar, seriamente, cometer suicídio, para o caso de, futuramente, apresentar comportamentos suicidários ou caso os tenha e não se sinta à vontade para os revelar.
Falar exclusivamente sobre formas de como cometer suicídio pode dar ideias às pessoas que tenham comportamentos suicidários, mas que ainda não pensaram em como os concretizar. Os relatos de imprensa que se concentram unicamente nos métodos usados e ignoram o panorama emotivo que está por detrás do ato podem tender a encorajar à imitação de métodos suicidas.
Artigo original disponível em: http://www.spsuicidologia.pt/sobre-o-suicidio/questoes-frequentes/32-falar-sobre-suicidio-nao-encoraja-o-acto
Discussão pertinente, pessoal! Precisamos falar sobre suicídio no sentido de orientar a sociedade da importância da continência às angústias mais terríveis uns dos outros, pois esse pode ser o início da construção de uma essencial relação de confiança. Precisamos mesmo levantar a bandeira da empatia, da sensibilidade, do cuidado de si e do outro. Assim combatemos outras maneiras descuidadas de falar sobre a tematica.
ResponderExcluirA terapia da fala, da escuta, da conversa amiga é fundamental para lidarmos com situações estressantes, conturbadas, que podem conduzir a desfechos trágicos, caso não tenhamos com quem partilhar nossas dores.
ResponderExcluirÉ verdade Abel. Falar é sempre a melhor escolha e saber escutar pode fazer uma enorme diferença na linha tênue entre vida e morte.
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