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As razões podem ser bem
diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já teve uma intenção em
comum. Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum
momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8%
chegaram a elaborar um plano para isso.
A primeira medida preventiva é a
educação: é preciso deixar de ter medo
de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas
ao tema. Como já aconteceu no passado, por exemplo, com doenças sexualmente
transmissíveis ou câncer, a prevenção tornou-se realmente bem-sucedida quando
as pessoas passaram a conhecer melhor esses problemas. Saber quais as
principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir
as taxas de suicídio no Brasil, onde hoje 25 pessoas por dia tiram a própria
vida.
No momento em que tem ideias
suicidas, a pessoa combina dois ou mais sentimentos ou ideias conflituosas. É
um estado interior chamado de ambivalência. Ela busca atenção por se sentir
esquecida ou ignorada e tem a sensação de estar só – uma solidão sentida como um
isolamento insuportável.
Quase sempre, sentem uma necessidade
de alcançar paz, descanso ou um final imediato aos tormentos que não terminam.
As
estatísticas mostram que o suicídio crescepor problemas sociais que prejudicam o bem-estar de
cada um e que estimulam a autodestruição. Nossa sociedade vive com diversas
situações de agressão, competição e insensibilidade. Campo fértil para que
transtornos emocionais se desenvolvam. O antídoto para combater essa situação
limita-se, no momento, ao sentimento humanitário que algumas pessoas têm.
As pessoas que precisam de ajuda
podem recorrer ao CVV, grupo de voluntários que oferecem apoio emocional
gratuito.
O CVV atende por telefone, chat,
Skype, e-mail e pessoalmente, além de realizar atendimentos especiais em casos
de eventos e catástrofes. São um grupo de 2.200 voluntários treinados para
ouvir e compreender pessoas que estão abaladas emocionalmente e que correm
sério risco de vida.
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