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Infelizmente, as crianças também fazem parte do contingente
de tentadores de suicídio e suicidas no país e no mundo, mesmo que o tema ainda
seja pouco estudado e discutido, devido a tabus, crenças e negação da
realidade.
Diferentemente do que a maioria dos adultos pensa, a etapa
da infância pode ser muito difícil de ser ultrapassada; tensões e angústias
emergentes do âmbito familiar, escolar e social sensibilizam a criança de
maneira progressiva, podendo fazer com que estas assumam parte da
responsabilidade dos conflitos vivenciados. Atitude pouco difundida entre a
sociedade contemporânea é a de considerar que a criança é uma pessoa autentica,
sincera em seus atos e que pode, assim como os adultos, encontrar a frustração
e desesperança já no inicio de sua existência. Segundo Seminotti (2011, p.2)
“quando invadida por uma extrema infelicidade, a tentativa de suicídio aparece
como a única solução para a criança, principalmente quando não encontra o apoio
afetivo e real necessário”.
Para Semiotti (2011, p.5) crianças menores lidam com o
estresse de duas maneiras características diferentes: ou elas tomam alguma
atitude imediata ou procuram pela ajuda e preocupação adulta, sendo esta busca
geralmente aceita e bem-vinda; a partir desta perspectiva, é natural pensar que
o estressor mais freqüentemente associado ao comportamento suicida em idade
escolar é precedido de abandono ou perdas significativas, devidamente
acompanhado de falta de apoio de outras pessoas ou familiares.
Os sinais de suicídio em crianças mais jovens são mais
dificilmente percebidos, pois os métodos por elas utilizados são entendidos
mais como acidentes do que como tentativas de suicídio. Isto se deve ao
contraste destes métodos com os métodos utilizados por adultos. Segundo Semiotti
(2011, p.5) alguns dos métodos relatados mais utilizados pelas crianças nas
tentativas de suicídio são: correr em direção a veículos, pular de alturas,
enforcar-se e brincar temerariamente com fogo ou explosivos. As crianças mais
maduras organizam e planejam melhor suas tentativas. Por isso é mais freqüente
a super dose de medicamentos e outras ingestões químicas.
Devemos ficar atentos! A avaliação de crianças e
adolescentes com tentativas de suicídio pode começar com seus pais ou
responsáveis, com a escola/professores, profissionais da área da saúde ou
qualquer outro, por meio da observação de brincadeiras, presença de transtornos
depressivos, psiquiátricos e o funcionamento social.
Suicídio infantil é coisa séria! Precisamos falar dele...
Referências
SEMINOTTI, Elisa Pinto.
Suicídio infantil: reflexões sobre o cuidado médico. 2011. Disponível em:
<http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0571.pdf
>. Acesso em: 20 de novembro de 2015.
Segundo a querida Sra Klein, as crianças desde os mais tenros anos experimentam intensas ansiedades e desapontamentos. A crença no paraíso da infância é logo abalada para quem tem um convívio próximo e sensível junto às crianças. A escuta da criança, porém, exige uma habilidade própria, que costuma ser encontrada nos reencontro com nossa própria infância esquecida...
ResponderExcluirSegundo a querida Sra Klein, as crianças desde os mais tenros anos experimentam intensas ansiedades e desapontamentos. A crença no paraíso da infância é logo abalada para quem tem um convívio próximo e sensível junto às crianças. A escuta da criança, porém, exige uma habilidade própria, que costuma ser encontrada nos reencontro com nossa própria infância esquecida...
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